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Bolsonaro faz ato na Paulista em momento de tensão com o STF

Confira VÍDEO de magens aéreas captadas mostrando apoiadores reunidos para o ato pró-Bolsonaro realizado na avenida Paulista, em São Paulo neste domingo (25) e vídeo com a íntegra do evento.

25/02/2024 às 20h29 Atualizada em 25/02/2024 às 21h18
Por: Carlos Nascimento Fonte: Redes
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 Bolsonaro faz ato na Paulista em momento de tensão com o STF

O que aconteceu

A ocupação principal se concentrou no MASP (Museu de Arte de São Paulo), mas se estendeu por pelo menos quatro quarteirões. Aliados políticos chegaram a dizer que ato reuniu mais de um milhão de pessoas.

Ato reuniu cerca de 600 mil pessoas na avenida Paulista, diz SSP. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que a manifestação "ocorreu de forma pacífica, sem o registro de incidentes e com a presença de, aproximadamente, 600 mil pessoas na Avenida Paulista e 750 mil pessoas no total, quando levado em conta o público presente nas ruas adjacentes".

Grupos começaram a chegar ao local ainda pela manhã. Apoiadores divulgaram nas redes sociais a chegada para ato do ex-presidente.

Faixas sem ataques ao STF e bandeiras de Israel. No local, não foram vistas faixas ou cartazes com ataques ao Supremo ou a qualquer pessoa ou instituição. Há bandeiras do Brasil e de Israel.

Ato teve segurança reforçada. Cerca de 2.000 policiais acompanham o ato na Paulista. Segundo a SSP-SP, Força Tática, Batalhão de Choque e Cavalaria são algumas das unidades da PM envolvidas. Drones e câmeras também são usados.

8/1: Bolsonaro defendeu anistia

Bolsonaro negou tentativa de golpe e pediu anistia a envolvidos no 8/1. O ex-presidente optou por falar sobre feitos durante sua gestão e exaltou a adesão de apoiadores ao ato deste domingo. "Nós sabemos como foi o período de 19 a 22. E estamos vendo como é difícil vencer nesse país com o que nos temos a governar nesse momento". Depois, voltou dizer que nunca esteve envolvido em um plano de golpe de Estado e pediu anistia aos envolvidos no 8 de janeiro.

Ex-presidente disse ser "perseguido" e cita investigação das joias, que apontou tentativa de apropriação de um patrimônio da União. "É joia, importunação de baleia, dinheiro que eu teria mandado para fora do Brasil, é tanta coisa que eles mesmo trabalham contra si", criticou.

Pastor Silas Malafaia fez crítica a Lula.

Organizador do evento, Malafaia sugeriu que o Lula sabia das invasões no 8 de janeiro e, ao citar Moraes, disse que não tem "medo de ser preso". Ele também afirmou que "Lula fez o Brasil ser vergonha para o mundo inteiro. A fala de Lula não representa o povo brasileiro". A declaração faz referência ao discurso do presidente no último dia 18, na Etiópia, quando Lula comparou os ataques à Faixa Gaza ao Holocausto, o que gerou críticas do governo israelense.

Em discurso, Tarcísio de Freitas destacou "legado" de Bolsonaro.

O governador de São Paulo chegou junto ao ex-presidente na Paulista por volta das 14h40. Em sua fala, afirmou que Bolsonaro "nunca pegou nada para si" e sempre deu o crédito para quem realizava ações durante sua gestão. "Presidente que sempre respeitou Israel", acrescentou.

Michelle Bolsonaro falou na abertura do ato, às 15h em trio na altura do Masp (Museu de Arte de São Paulo). A ex-primeira-dama se emocionou e chamou o evento de "ato pacífico de civilidade". Ela também agradeceu a presença de Tarcísio de Freitas: "Abriu as portas da casa dele para nós", afirmou. Depois, fez uma oração.


Após Michelle, discursaram os deputados federais Gustavo Gayer (PL) e Nikolas Ferreira (PL). Enquanto estavam no trio, os dois parlamentares observaram que havia pessoas passando mal no público por causa do calor. Na sequência, o senador Magno Malta (PL) tomou a palavra.

Outros políticos foram anunciados após a chegada de Bolsonaro. Entre eles, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina e Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais.

Antes dos discursos, Silas Malafaia se irritou com pessoas não autorizadas que tentavam subir no trio. "Ô minha gente que tá aqui embaixo fazendo confusão, só sobe quem tem pulseira verde. Por favor! Não vai subir, não adianta. Para que essa briga aí meu filho?", disparou.

 

Bolsonaro faz ato na Paulista em momento de tensão com o STF

Ex-presidente é alvo em 26 inquéritos na Corte; manifestação deste domingo pode agravar sua situação jurídica, caso faça discursos vitriólicos e beligerantes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou o 1º ato com apoiadores depois da mais recente operação da PF (Polícia Federal) contra ele e seus aliados, a Tempus Veritatis. O evento teeeve início às 15h deste domingo (25.fev.2024), em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), na avenida Paulista, em São Paulo.

Bolsonaro discursou em um momento conturbado na relação com STF (Supremo Tribunal Federal). Os inquéritos na Corte se concentram sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, indicado por apoiadores como principal algoz do ex-chefe do Executivo.

A operação Tempus Veritatis foi deflagrada em 8 de fevereiro e investiga suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro na Presidência. O ex-chefe do Executivo foi alvo de busca e apreensão e teve de entregar o passaporte para a PF. As ações foram autorizadas por Moraes.

O ex-presidente foi à PF para prestar esclarecimentos sobre o caso à agentes da corporação –mas se manteve em silêncio. Antes, tentou por 3 vezes adiar seu depoimento. “As situações fática e jurídica não foram alteradas, permanecendo a obrigatoriedade de comparecimento do investigado perante a Polícia Federal”, declarou Moraes na última decisão.

Ao comparecer na PF na última 5ª feira (22.fev) para depor, a defesa protocolou petições argumentando não ter tido acesso integral aos autos do processo. Por outro lado, Moraes afirmou que advogados tiveram os devidos acessos concedidos.

As bancadas do PL na Câmara e no Senado avaliam que o ex-presidente é alvo de “perseguição política” e acreditam na possível prisão de Bolsonaro.

BOLSONARO X MORAES

Em 15 de fevereiro, a defesa de Bolsonaro solicitou o afastamento de Alexandre de Moraes da investigação que trata da suposta tentativa de golpe de Estado. Argumentaram que o ministro seria a “vítima central” das supostas ações criminosas e que sua imparcialidade está “vulnerável” no caso.

O presidente da Corte, Roberto Barroso, rejeitou. Considerou que os pedidos de afastamento têm apenas “alegações genéricas e subjetivas, destituídas de embasamento jurídico”.

Mesmo antes de deixar a Presidência, Bolsonaro já nutria uma relação de desafeto com Moraes e outros ministros do STF. Em 2020, Bolsonaro falou que Moraes só chegou ao Supremo por ter “amizade com o senhor Michel Temer”. O emedebista indicou Moraes para Corte em 2017.

A declaração foi feita depois de o magistrado anular a nomeação de Alexandre Ramagem (PL-RJ) para o comando da PF, em 2020. Atualmente deputado, Ramagem é investigado pela PF no caso da suposta “Abin paralela“.

Em agosto de 2021, quando Alexandre de Moraes aceitou uma notícia-crime do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para incluir o então presidente no inquérito das fake news, houve mais uma hostilização por parte de Bolsonaro. O então presidente afirmou que “a hora” do ministro ia “chegar”.

“O senhor Alexandre de Moraes acusa todo mundo de tudo, bota como réu no seu inquérito. Inquérito sem qualquer base jurídica para fazer operações intimidatórias, busca e apreensão, ameaça de prisão ou até mesmo prisão. É isso que ele vem fazendo. A hora dele vai chegar porque está jogando fora das 4 linhas da Constituição há muito tempo”, declarou à Rádio 93 FM, do Rio.

Já no 7 de Setembro de 2021, Bolsonaro criticou os magistrados da Corte. Disse na ocasião que o Brasil não poderia “ficar refém de uma ou duas pessoas”.

No mesmo dia, em manifestação na avenida Paulista, Bolsonaro chamou Alexandre de Moraes de “canalha” e disse que não cumpriria as decisões do ministro.

“Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas, turve a nossa democracia e ameace nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir. Tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Ou melhor acabou o tempo dele”, declarou. “Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha. Deixa de oprimir o povo brasileiro, deixa de censurar o seu povo”, afirmou.

VÍDEO: Íntegra do ato na avenida Paulista, em SP.

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