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"CARGUEADO" | "PLACA FRIA": Foram tantas situações hilárias que presenciei ao longo de 32, na PCBA, algumas merecem minhas considerações.

O Investigador então pegou seu celular e falou para juíza, não se preocupe, eu estou acionando o meu seguro, e ato continuo começou a falar no celular, lógico que com ninguém do outro lado da linha

18/12/2023 às 08h41
Por: Carlos Nascimento Fonte: Luiz Carlos Ferreira
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Um querido colega Investigador de Polícia, inteligente, articulado, e como diz no meio policial safo, me contou esta história muito engraçada.

Conta ele que antigamente quando a polícia apreendida um veículo e podia ficar com o carro "cargueado", até a seguradora pagar o prêmio pela apreensão, vários policiais assim o fazia, comunicação a apreensão do veículo furtado ou roubado, e após uns três meses a seguradora entrava em contato e pagava um prêmio ao policial e resgatava o veículo.

Ocorre que este investigador, assim ele conta, estava passando por uma situação financeira delicadíssima, e resolveu por sua conta e risco, não informar a apreensão do veículo, passando em ocorrência, e passou a utilizá-lo, como se fosse o proprietário. Colocou uma "placa fria", que na época era algo trivial e seguiu a vida. Alguns curiosos quando lhe perguntavam sobre o carro, ele dizia que havia comprado, tudo certinho, inclusive colocando no seguro total.

Passado algum tempo, o referido investigador que gostava de uma cervejinha, festas e badalações, resolveu ir na famosa festa de Iemanjá, a qual ocorre anualmente no dia 02 de fevereiro, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

Lá o policial dançou, paquerou e tomou muitos tragos de batida de limão do famoso e lendário Bar do Diolindo, assim como bebeu muitas cervejas em várias barracas.

Lá para madrugada, resolveu ir embora, contudo o seu estado etílico bastante alto, fez com que em uma manobra no "seu carro", colidisse em um veículo de uma senhora, a qual desceu do carro e viu o estrago causado, quebrando as duas lanternas traseiras e amassado a mala do veículo. O investigador tentou conversar com a proprietária do carro, mas antes que ele falasse muito, a tal senhora disse educadamente: "Meu senhor, eu moro na rua aqui atrás, sai agora para dar um socorro ao meu pai, estou vendo que o senhor tomou algumas bebidas, eu vou chamar a polícia!". O investigador ponderou com a *vítima", tentou mais uma vez argumentar, porém a senhora desta feita, sem cerimônia abriu a bolsa e se apresentou, juíza de Direito da 20ª Vara Criminal.

O Investigador então pegou seu celular e falou para juíza, não se preocupe, eu estou acionando o meu seguro, e ato continuo começou a falar no celular, lógico que com ninguém do outro lado da linha, e passou a andar de um lado por outro, foi, foi, foi... até que conseguiu alcançar um beco próximo do largo da Mariquita, e literalmente empreendeu fuga, correndo desesperadamente e abandonando o "seu veículo", no local do crime.

O Investigador conta que não sabe, não soube e nem quer saber o que aconteceu com o "seu carro"...

Bel Luiz Carlos Ferreira de Souza - Brasileiro, baiano, casado, 61 anos, servidor público aposentado pelo estado da Bahia, atualmente reside no estado do Rio Grande do Sul, com formação técnica em redator auxiliar, acadêmico em História, Direito, pós-graduado em Ciências Criminais, política e estratégia e mestrando em políticas públicas.

Contato: lcfsferreira@gmail.com 

https://www.facebook.com/LcfsFerreira

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Sobre o blog/coluna
Todos os dias acontecem histórias engraçadas que são difíceis de acreditar, mas que são mesmo reais. Neste espaço publicaremos histórias engraças os chamados "causos de polícia", se você vivenciou algum ou conhece algum colega que saiba envie para a gente que publicaremos, claro que trocaremos o nome do policial na história. (E=mail: paginadepolicia@yahoo.com.br ou Whatsapp: (71) 99275-8354.
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