Como torcedor do decano desde menino, jamais iria imaginar que aquele clube guerreiro, lutador e respeitado pelos adversários, se transformaria futuramente numa presa fácil em campo, com jogadores displicentes e desinteressados em defender a camisa que outrora nos trouxe momentos gloriosos e inesquecíveis. Isso que aí está é um reflexo da degradação de seguidas administrações nada transparentes - inclusive a atual, que no meu entendimento é a pior de todas -, uma vez que abandonaram a agremiação à própria sorte, contribuindo para tanto a velha política adotada há décadas que impede a democratização e modernização do futebol baiano, constituída de grupelhos acostumados a rezar na mesma cartilha.
Como perguntar não ofende, qual a real situação financeira do Vitória?. Os salários dos jogadores e funcionários estão em dia?. Quais os critérios utilizados para contratação?. Como é feita a avaliação quanto ao aspecto técnico?.
É inadmissível ver em campo jovens pernas de pau, com raras exceções, a exemplo de Ronaldo e Wallace. A meninada, além de despreparada para a vida profissional, começou a usar salto alto e máscara, como Samuel, que demonstrou no último jogo total falta de compromisso com a agremiação, ao provocar a expulsão que influiu decisivamente no resultado final. Sem falar que as jogadas principais se restringem a toques para o lado e bolas atrasadas para o goleiro, daí o número excessivo de empates.
Vencer desse jeito é humanamente impossível. Mais uma vez ficará de fora da disputa do inexpressivo regional, por pura incompetência. Queira Deus não tome uma goleada do Inter pela Copa do Brasil. E assim a banda vai tocando e o Vitória agonizando, em grande parte por culpa de uma torcida permissiva que não mexe uma palha para dar um basta na situação.
Jorge Braga Barretto
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