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LAVA-JATO: Depoimento devastador de Tacla Duran é a ponta do iceberg

CONFIRA VÍDEO: Duran acusa Sergio Moro e Deltan Dallagnol que tentaram extorqui-lo em cinco milhões de dólares.

07/04/2023 às 11h38 Atualizada em 07/04/2023 às 11h43
Por: Carlos Nascimento Fonte: EDITORIA
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LAVA-JATO: Depoimento devastador de Tacla Duran é a ponta do iceberg

O ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran foi incluído no programa de proteção a testemunhas por determinação do juiz federal Eduardo Fernando Appio, depois de entregar uma série de documentos à Justiça que comprometem o senador Sérgio Moro (União-PR). A decisão do magistrado foi publicada nesta segunda-feira (27), logo após o depoimento de Tecla Duran na Justiça Federal do Paraná.

Com a denúncia de Duran, as investigações foram remetidas pelo magistrado ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal federal (STF), já que Moro tem foro privilegiado por ser senador.

Uma das maiores operações farsescas vistas na política nacional, a Lava Jato, vê-se agora em outra fase de denúncias. O depoimento do ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, na 13ª Vara Federal de Curitiba, na última segunda-feira (27), mostrou que a operação da Polícia Federal era de fato criminosa, como já foi amplamente denunciada por este Diário. 

Duran acusa Sergio Moro e Deltan Dallagnol que tentaram extorqui-lo em cinco milhões de dólares para que não fosse preso e mantivesse parte de seu dinheiro depositado no exterior, visto que Duran mantinha o dinheiro em paraísos fiscais. A extorsão não era feito diretamente por Moro e Dallagnol. O centro do movimento era realizado por Orlando Zucolotto, sócio de Rosângela Moro, esposa de Moro, por meio de mensagem do aplicativo Wicr Me.

No depoimento, Duran conta ainda que um dos cabos eleitorais de Sergio Moro em 2022, Fabio Aguayo, hoje seu assessor no Senado, e Orlando Zucolotto, o procuraram no Sindicato de Hotéis de São Paulo, onde era vice-presidente, para reforçar a extorsão. Desta vez, houve vínculo direto ao nome de Moro, porque os dois chantagistas o tentaram coagir a contratar o “escritório de Moro” que, como juiz, obviamente, não poderia ter nenhum escritório de advocacia. Tacla Duran fala que possui prints, vídeos, fotos, áudios e testemunhas. A notícia diz que tudo foi mostrado no depoimento desta segunda-feira, 27 de março de 2023. 

A operação Lava Jato, iniciada em março 2014, foi um plano do imperialismo para que, naquele momento, Aécio Neves assumisse a vaga de Dilma Rousseff. A campanha Não Vai ter Copa, anti seleção brasileira, e todas as outras, foram usadas conjuntamente com a Lava Jato para derrubar e de fato acabar com o Partido dos Trabalhadores. Não conseguiram, e na eleição de 2014 Dilma venceu. Contudo, a crise se acentuou, pelas próprias contradições políticas e culminaram no golpe de estado de 2016. Sergio Moro e Dallagnol são elementos da pior espécie e podemos dizer que são os protagonistas da operação, pois aparecem, mas não dirigem de fato. É o imperialismo que os controla, visto que a Lava Jato, possuía 15 agentes da CIA atuando na operação. 

O mínimo de proteção estatal que o PT fornecia à Petrobras ainda era demais para os interesses imperialistas. Manobras atrás de manobras, como a invasão de computadores, denunciadas por Edward Snowden, e cartas do PSDB diretamente ao governo americano, denunciadas por Julian Assange e o site Wikileaks, são a prova viva do crime. O imperialismo impedia uma empreitada do PT no Brasil e a Lava Jato era sua principal ferramenta.

O depoimento de Rodrigo Tacla Duran é a pá de cal. Evidencia que a Lava Jato era controlada pelo imperialismo, e seus ratos tentavam tirar proveito pessoal, pois não pode ser diferente no sistema sujo da burguesia. Os favores não são gratuitos. Duran mostrou aquilo já vínhamos denunciando há tempos.

O problema central agora não é mais a Lava Jato, mas quem orquestra esse tipo de operação. As operações podem mudar de nome, os atores de papéis, mas o inimigo é sempre o mesmo: o imperialismo. Sua atuação nefasta vem de muito tempo, tentou derrubar Getúlio Vargas, deu o golpe Militar de 64, o golpe de 2016 e parece estar tramando um novo golpe. Por isso o povo deve sair às ruas para protestar.

(Depoimento com comentários de LUIS NASSIF - 27/02/23)

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