O cartaz improvisado por um torcedor pedindo para não deixar o clube ser extinto diz tudo. O presidente tampão Fábio Mota não tem perfil para continuar no comando do Vitória e tem dado provas disso, até porque ter sido gestor municipal não significa que esteja habilitado para dirigir um clube de futebol da envergadura do Vitória.
Depois dos sucessivos fracassos administrativos e auditorias infrutíferas que prometiam mundos e fundos para recolocar o decano nos trilhos e punir exemplarmente seu(s) algoz(es), a não divulgação do(s) rombo(s) financeiro(s) em jornais de grande circulação é uma demonstração clara de que a velha política carlista predatória não larga o osso por nada, trocando sempre seis por meia dúzia.
É inacreditável como maus dirigentes e empresários se unem - com respaldo político da pior qualidade -, para destruir o querido vermelho e preto, sem que haja reação enérgica do torcedor. Os 28 mil corajosos que foram ao Barradão assistir mais uma derrota contra o Volta Redonda, e os 6.000 contra o fraquíssimo Botafogo de Ribeirão Preto, deveriam ter se posicionado do lado de fora, como forma de protesto, em ritmo de pandemia.
Esse catadinho medíocre não merece a presença do torcedor, a não ser que sejam simpatizantes do grupo político que manda e desmanda no clube. Não vou ao querido santuário há muito tempo, e só o farei quando houver a indispensável reformulação. Não tenho vocação para ser boi de piranha.
Diante do ocorrido contra o fraquíssimo Atlético cearense, as cenas de pancadaria no final atestam que o clube caminha para a 4ª Divisão a passos largos. As punições serão severas e merecidas. Não se constituirá surpresa para mim se for mais um a mergulhar na onda da lavagem de dinheiro e pintar nas manchetes como Victory City.
Haja CNPJ. Repito, não dá mais para aguardar as eleições de setembro. Ainda bem que outubro vem aí para mudar radicalmente o Brasil.
Jorge Braga Barretto
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