Ao anular tardiamente as condenações de Lula na Operação Lava Jato, o ministro Edson Fachin nada mais fez do que referendar o óbvio, pois a justificativa de que Moro não tinha competência para processar, julgar e condenar - ainda mais sem provas - o ex-presidente da República, era evidente, e serviu apenas para impedir que ele participasse do pleito eletivo, do qual sagrar-se-ia outra vez vitorioso. Sagaz e experiente, Fachin resolveu sair pela tangente e entregar Moro e Dallagnol de bandeja, que certamente serão responsabilizados adiante pelos malfeitos praticados, ambos caminhando a passos largos para o ostracismo na vida pública, independente das ações de danos morais a que terão de responder. Ressalve-se, sem perdão. Nada mais justo que ambos fossem julgados e condenados à prisão, pois, ao contrário de Lula, provas existem de sobra, sendo-lhes concedido o direito à mais ampla defesa.
A direita vil e burra representada pela dupla "desmorolizada" - e alguns procuradores -, jamais imaginou semelhante desfecho, logo em meio a uma pandemia que parece não ter fim, vitimando milhares de brasileiros com a contribuição decisiva de um governo irresponsável e inoperante, que não está nem aí para as estatísticas macabras.
Temos sem dúvida alguma um desequilibrado na presidência, expert em destruir a economia, explodir bolsas de valores, permitir a disparada do dólar, favorecer banqueiros e megaempresários, arruinar pequenos investidores, aumentar combustíveis semanalmente, avesso à compra de vacinas, mas mantido no posto após negociar o impeachment por 3 bilhões de reais com a elaboração de emendas parlamentares de seu interesse.
O fato é que a verdade foi restabelecida, resgatando-se a elegibilidade de Lula, por feliz coincidência, no Dia Internacional da Mulher. Se a CIA não fizer das suas, a América Latina terá um novo Mandela nas eleições de 2022, com a maior votação da história do Brasil e no primeiro turno. Que venha Lula de novo nos braços do povo.
Juntos haveremos de recolocar nosso País no lugar que merece. Pode acreditar, venceremos.
Jorge Braga Barretto
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