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Deputados do PL enviaram ofício ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), em repúdio ao desfile da escola de samba Vai-Vai no Carnaval deste ano.

Vai-Vai representou policiais como "DEMÔNIOS" no Carnaval de SP...

16/02/2024 às 13h15 Atualizada em 16/02/2024 às 23h49
Por: Carlos Nascimento
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Deputados do PL enviaram ofício ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), em repúdio ao desfile da escola de samba Vai-Vai no Carnaval deste ano.

Os documentos são assinados pelo deputado federal Capitão Augusto (SP), vice-presidente do PL, e pela deputada estadual Dani Alonso. Eles pediram que sejam tomadas “medidas imediatas e efetivas”, como sanção à escola “por retratar agentes de segurança como figuras demoníacas em uma de suas alegorias”, além de solicitar que a Vai-Vai não receba recursos públicos em 2025.

Segundo os deputados, a interpretação dada aos policiais e agentes de segurança pública compromete a imagem dos mesmos perante o público.

“Tal atitude não somente desrespeita a honra e a dignidade dos profissionais que dedicam suas vidas à proteção da sociedade, mas também contribui para a propagação de uma imagem negativa das forças de segurança, em um momento em que se faz mais necessário do que nunca, o reconhecimento e o apoio ao seu trabalho”, disseram.

Os documentos também revelam preocupações em relação a uma possível ligação da escola de samba Vai-Vai com facções criminosas, citando um possível elo com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

“Estas associações são extremamente preocupantes, pois sugerem uma tentativa de minar a confiança pública nas instituições responsáveis pela segurança e ordem pública, além de possivelmente ameaçar a integridade do carnaval como espaço de expressão cultural livre de influências nefastas”, afirmaram os deputados.

A Vai-Vai respondeu que não teve a intenção de promover qualquer tipo de ataque individualizado ou provocação a policiais e agentes de segurança pública.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que o ofício será analisado pelos órgãos competentes, seguindo as normas da administração pública.

Já o governo do Estado de São Paulo informou, também por meio de nota, que não faz repasses às escolas de samba.

ENREDO

A escola de samba Vai-Vai desfilou no Carnaval de São Paulo no sábado (10.fev), com enredo em homenagem à história do hip hop no Brasil.

Um dos tópicos explorados foi a marginalização dos artistas durante a construção do gênero musical no Brasil. As manifestações de policiais da Rota com alusões a demônios levaram ao repúdio dos agentes de segurança pública e do PL.

Por meio das redes sociais, a escola de samba agradeceu aos presentes e ao público pelo desfile. “Foi um acontecimento. Obrigado, hip hop! Obrigado, comunidade!”.

POLICIAIS SE MANIFESTAM

O SINDPESP (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) divulgou uma nota de repúdio à alegoria da Vai-Vai. Segundo a presidente do Sindicato, Jacqueline Valadares, a escola de samba tratou com escárnio a figura de agentes da lei.

Leia abaixo a nota:

“O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP) manifesta, veementemente, repúdio ao Grêmio Recreativo Cultural e Social Escola de Samba Vai-Vai, que, na noite de sábado (10/2), no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo-SP, durante seu desfile, tratou com escárnio a figura de agentes da lei.

Com direito a chifres e outros itens que remetiam à figura de um demônio, as alegorias utilizadas na ala “Sobrevivendo no Inferno”, demonizaram a Polícia – algo que causa extrema indignação.

Ao adotar tal enredo, a escola de samba, em nome do que chama de “arte” e de liberdade de expressão, afronta as forças de segurança pública, desrespeita e trata, de forma vil e covarde, profissionais abnegados que se dedicam, dia e noite, à proteção da sociedade e ao combate ao crime, muitas vezes, sob condições precárias e adversas, ao custo de suas próprias vidas e famílias.

É de se lamentar que o Carnaval seja utilizado para levar ao público mensagem carregada de total inversão de valores e que chega a humilhar os agentes da lei.

O SINDPESP não compactua com este tipo de manifestação e presta solidariedade aos profissionais da segurança pública de todo o País – estes, sim, verdadeiros heróis, que merecem homenagens, reconhecimento e mais respeito por parte da agremiação, para dizer o mínimo.

Outrossim, o SINDPESP aguarda que a Vai-Vai, num momento de lucidez e de reflexão, reconheça que exagerou e incorreu em erro na ala em questão, e se retrate, publicamente. Não estamos falando, afinal, apenas dos policiais, sejam civis ou militares, mas, sobretudo, de uma instituição de Estado que representa e está a serviço de toda a sociedade bandeirante.”

PARAÍBA
O Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiros Militares da Paraíba, vem lamentar e repudiar a forma desrespeitosa com a qual a Escola de Samba Vai-Vai (Grêmio Recreativo Cultural e Social Escola de Samba Vai-Vai) tratou a instituição Polícia Militar, integrante das forças de segurança de cada estado brasileiro, conforme preceitua a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Durante seu desfile no último sábado, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo- a Escola apresentou o enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, Hip Hop : Um manifesto Paulistano, e tinha entre as alas, a “Sobrevivendo no Inferno” com integrantes da agremiação vestidos de policiais do Batalhão de Choque da PM, em fantasias com chifres e outros itens que remetiam a figura de demônios.
Em um país democrático a liberdade de expressão, da arte e da cultura são garantidos por nossa Constituição. Mas, conforme nossa Carta Magna, não há direito absoluto, devendo cada garantia ser exercida dentro dos limites para não atingir o direito de outrem.
No caso em tela, o Clube dos Oficiais da PM e BM da Paraíba vem lamentar, repudiar a forma como a agremiação carnavalesca, tripudia e desrespeita, não apenas cada homem e mulher que veste a farda de policial e bombeiro militar, mas uma afronta a instituição, como já dissemos, integrante das forças de segurança de cada estado brasileiro.
Uma instituição que deveria estar sendo lembrada e homenageada por tantos e homens e mulheres que se dedicam a defesa da ordem e da paz social , e da proteção das vidas humanas, é ridicularizada no palco da folia, como se atacar a Polícia fosse um troféu.
Prestamos nossa solidariedade aos homens e mulheres da Polícia Militar do Estado de São Paulo, bem como de todas as instituições de segurança pública dos estados brasileiros, que arriscam suas vidas diariamente para proteger os cidadãos. Repudiamos tal tratamento da Escola de Samba Vai-Vai, pois quando se ataca a uma entidade das forças de segurança, a todas está se atacando.
Não há mais espaços para tanta passividade diante de tanta permissividade, e não podemos aceitar ataques que tentam destruir, menosprezar e desvalorizar a Polícia Militar.
Sempre atentos na defesa de nossas categorias
João Pessoa, 13 de fevereiro de 2024.

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