Tapete mágico

Todo contraventor trambiqueiro que se respeita torna-se hábil na arte de burlar as leis e dificilmente é flagrado com a boca na botija. Imperdoável que tenhamos como exemplo uma excrescência fardada oriunda dos porões da ditadura - com apoio irrestrito da extrema direita nazifascista -, que nos deixou um rastro de destruição e morte de impossível reparação, mesmo a longo prazo.

Todas as atividades essenciais foram brutalmente contaminadas por uma doutrinação estúpida que privilegiou a violência, a alienação, a corrupção, o lucro ilimitado dos banqueiros e megaempresários, a venda criminosa da nossa Refinaria Landulpho Alves, entre outras transações que proporcionaram "presentes" bilionários sem justificativa plausível. Vamos nos ater ao escandaloso "colar das arábias" avaliado em mais de 16.500 milhões de reais que estariam em propriedade do milico fascista se não houvesse a participação de um servidor alfandegário digno que honrou a função que exerce, impedindo a transação imoral.

Se o Ali Babá da patuscada dispusesse de um mínimo de inteligência, poderia perfeitamente ter recorrido ao príncipe e apelado para o tapete mágico, de onde escaparia ileso, sem maiores problemas. Estaria livre, pelo menos a princípio, dos 40 ladrões, Q

uem estiver interessado na quantidade exata, basta consultar a agenda oculta do orçamento secreto. Será que Arthur Lyra desistiu de participar da comitiva de Lula à China por esse motivo?.

Jorge Braga Barretto

Contato: jbbarretto@gmail.com

(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 23.03.2023.